Não é qualquer uma. É uma mulher ao meio-dia
De olhos no chão, equilibrando o cântaro
Frágil
Cada lágrima que esconde
É uma mulher que teve abraços
Beijos na sua face morena, escondida
Em silêncios
Não é qualquer uma, é uma mulher
Que conhece bem o seu rosto
No espelho triste do fundo do poço
É uma mulher ao meio-dia
Que resiste, mesmo que isso a torne
Invisível, para que outros não tenham sede.
Autor:
João Tomaz Parreira
Subido por:
Marta González García